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Relacionamentos amorosos internamente indefinidos


Nem contigo nem sem ti!

Esta seria a expressão, por palavras, de uma atitude que muitas pessoas adoptam no momento de definirem o grau de dedicação e intimidade que colocam numa relação com quem querem viver o amor.





Quando amamos alguém que nos corresponde, a vida torna-se uma perfumada melodia de cores intensas e claras, mas nem sempre essa claridade mostra o profundo das emoções que sentimos por essa pessoa, dado que a nossa história pessoal por vezes esconde emoções mais obscurecidas ao longo do tempo, que foram sendo caladas e ignoradas pela superficialidade das condutas que muitas vezes escolhemos viver.

Quando encontramos uma pessoa que sentimos que nos preenche o coração de paz, de amor e de alegria, podemos cair numa teia armadilhada de um conto perfeito, deixando de ver a realidade dos nossos profundos sentimentos, perpetuado por uma nova oportunidade de felicidade no que toca ao amor entre duas pessoas.

É quando entramos profundamente e cegamente nessa teia, que começam a surgir dúvidas que nos assombram, provocadas pelo medo. E é nesse medo que começam a surgir os primeiros comportamentos de fuga desse relacionamento que nos apaixona, criando os primeiros conflitos e inseguranças no seio do relacionamento.

Neste estágio é fulcral aprender de nós mesmos nesse momento da vivência de uma nova história de amor, entendendo que o motivo e os medos que surgem são exclusivamente internos e que sempre que os direccionamos para o exterior estamos a criar uma atitude de vitimização, na maioria das vezes inconsciente.









Quais os principais motivos que levam a que uma pessoa comece a ter dúvidas num relacionamento que é agradável e bom?



Descreverei, de forma geral, alguns motivos que poderão guiar uma pessoa que poderá ter dúvidas em relação a um relacionamento amoroso que está a viver.







A dependência objectiva, visível e palpável!


Um dos motivos mais comuns dos relacionamentos indefinidos é a dependência objectiva, visível e palpável. Esta dependência é aquela em que, por exemplo, uma das pessoas depende da outra a nível económico. O relacionamento vive apenas de uma parte lógica e funcional na estrutura exterior da pessoa, havendo uma fragilidade ou até nulidade da intimidade emocional do casal.


É mais seguro o que é certo do que o que é incerto!


Muitas pessoas vivem uma relação amorosa como uma protecção perante as adversidades práticas da vida, quer sejam reais, quer sejam projectadas para um futuro, como por exemplo, uma das pessoas tem na outra pessoa alguém que apoia e protege sempre que alguma coisa particular corra mal, como um projecto pessoal.

Além disto, as pessoas tem medo de terminar um relacionamento por medo de não viverem um novo amor, de tomarem uma decisão errada ou até mesmo de causarem sofrimento à outra parte.

Somos tão intolerantes às emoções desagradáveis como o medo, que procuramos sempre uma solução segura e isenta de riscos, quando isso simplesmente não existe!

No certo, sentimos a comodidade e a segurança, muitas vezes ilusórias, falsas e desgastantes, que poderão funcionar como um veneno, matando lentamente.

No incerto, sentimos curiosidade e também medo, mas que pode ser o caminho da evolução pessoal e da busca de algo melhor.


Ancorados à emoção e não a pessoas!


Acontece frequentemente que uma pessoa possa estar ancorada a uma relação por aquilo que a outra pessoa possa oferecer em termos emocionais, e não pelo coração dessa mesma pessoa.

A ancoragem a emoções (agradáveis e desagradáveis) por parte das pessoas é imensamente frequente, ficando para segundo plano o amor, a compatibilidade e a construção de um futuro juntos. Este vicio às emoções e às sensações, que elas provocam que muitas pessoas querem viver para se sentirem vivas (a paixão), é um estado disfuncional que trará inevitavelmente relacionamentos disfuncionais, instáveis e de curta duração.

Num relacionamento funcional, quando o estágio da paixão diminui de intensidade inicia-se um novo estágio de estabilidade e de construção de algo a dois.

Num relacionamento disfuncional, quando o estágio da paixão diminui, procura-se uma nova paixão.



A solidão não é bem aceite!


Um dos estigmas das sociedades (seja que sociedade for!) é que uma pessoa que seja solteira é uma pessoa infeliz, que ninguém a quer, que “não tem sorte”, que deve ter muitos defeitos, que não deve ser boa pessoa, e muitas outros julgamentos infundamentados. A verdade é que aprendemos a acreditar que o sucesso está directamente ligado ao facto de ter “alguém ao nosso lado que nos ame”, pois ensinam-nos que a vida, entre muitas outras coisas, foi feita para ser vivida em casal.





Como fazer para sair destes ou outros padrões?


O mais adequado, para uma plena e expandida consciência, é procurar um profissional devidamente certificado, experiente e especializado em relacionamentos amorosos, pois a maioria das vezes não conseguimos sair das próprias emoções que nos impossibilitamos de entender a nós mesmos em várias questões, pois a emoção deturpa a razão.


Contudo, proponho alguns passos importantíssimos que trabalho em sessões com os meus clientes:

Primeiro, é importante reconhecer, adequadamente e profundamente, que sentimentos inconscientes nos dominam.

Segundo, é necessário identificar as dependências emocionais e substitui-las por dependências mais saudáveis (sim, porque nada se elimina no nosso cérebro, mas tudo pode ser substituído!).

Depois, identificar hábitos desfavoráveis e abandoná-los, substituído-os por outros construídos estrategicamente, é uma solução prática e objectiva tão necessária ao processo interno.

Também é útil trabalhar valores que proporcionem mais satisfação e bons sentimentos, assim como trabalhar aspectos pessoais relacionados com a auto-estima.




Pedro Gomes - Especialista em relacionamentos e processos de gestão emocional

+ Life Coach (célula profissional Nº S495-2017PT), Instituto Ciências Comportamentais e de Gestão, Porto Portugal

+ Especialista em PNL com especialização em foco terapêutico e emocional, Instituto Ciências Comportamentais e de Gestão, Porto Portugal

+ Formador certificado, Instituto Emprego e Formação Profissional, Porto Portugal

+ Especialista em Inteligência Emocional, Universidad Isabel I, Burgos España

+ Master em Psicologia Holística, Escuela de Postgrado de Psicología y Psiquiatría, Madrid España

+ Especialista em Sinergologia Aplicada à Comunicação, Coaching Camp Logroño Espanha

+ Especialista Inteligência Emocional Neurociência VEC, Emotional Network, Bilbao España

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