A multiplicidade de experiências é importante para o Ser Humano, mas a verdade é que somos seres de hábitos e essa é uma característica nuclear para o nosso funcionamento homeostático, o princípio ágil da regulação da vida do nosso organismo.
Se observamos bem a nossa própria vida, a vida de quem nos rodeia e a vida de personagens históricas através das suas biografias, denotamos que as diferentes fases das nossas vidas podem ser simplificadas a ciclos de repetições, de atitudes e de comportamentos que se estendem ao longo da nossa história viva, com mais ou menos intensidade e constância.
Nas diferentes áreas das nossas vidas gravitamos envoltos em ciclos, seja nas nossas atividades profissionais, nas nossas vidas sociais, nas nossas vidas amorosas e em todas as nossas áreas pessoais, tais como as atividades de lazer, as nossas vivências espirituais, as nossas buscas pelo conhecimento e até as músicas que escutamos.
Contámos também as mesmas histórias de vida, e até mesmo essas histórias passadas parecem repetir-se, em ciclos mais ou menos sincronizados.
Estes ciclos externos são, em grande parte, criados por processos internos envoltos à necessidade do organismo de manter certa rotina, com a finalidade de sentirmos uma constante sensação de “familiaridade”, pela conquista da segurança e do conforto que todos necessitamos sentir, fruto da nossa milenária programação genética.
Ao lermos até aqui, podemos já estar a criar uma sensação de que estes ciclos são negativos e destrutivos da felicidade da qual ansiamos sempre sentir, mas até neste pensamento existe uma clara intenção positiva anexada ao nosso organismo, e ainda que esta seja parte de um processo inconsciente, a verdade é que é extremamente necessária do ponto de vista da preservação da vida, seja a que custo for, pois para o nosso cérebro, apenas interessa respirar.
E neste sentido criamos o chamado eterno conflito interno, em que uma parte de nós deseja alcançar mais, enquanto a outra parte se estagna por medos anexados a partir das nossas experiências vividas repetidamente em determinados ambientes dos quais nem sempre nos foi possível escolher estar.
Geneticamente, estamos programados para funcionar como um conjunto em que somos uma pequena parte indispensável para a sobrevivência do grupo, mas que ainda assim não passamos de uma pequena parte...
Simplificando, por um lado temos o nosso instinto, que atua com um fiel mecanismo automático no nosso cérebro e em todas as partes que compõe o corpo, fazendo-nos mover em determinados programas reguladores da vida do ambiente conhecido pelo organismo.
Por outro lado, temos o nosso sentimento transcendente, que atua a partir do nível de consciência que temos presente no momento atual da nossa vida e se manifesta através dos nossos sonhos e objetivos pessoais, fazendo-nos mover na expansão dos nossos limites numa completa atitude de fé e confiança pelo fluxo da vida.
É na coordenação destes nossos dois lados que nascem todos os conflitos internos que se manterão eternamente armazenados no nosso repertório interno, e uma boa gestão mental permite-nos ser o mediador dos nossos próprios processos internos, com a finalidade de obtermos melhores resultados pessoais e profissionais, sendo que os mais verdadeiros e profundos resultados serão sempre aqueles em que, a cada momento da nossa vida, sentimos uma satisfação que sai através da nossa respiração diretamente do fundo do nosso coração.
Pedro Gomes - Especialista em relacionamentos e processos de gestão emocional
+ Especialista em Coaching pessoal e emocional (célula profissional Nº S495-2017PT), Portugal
+ Especialista em PNL com especialização em foco terapêutico e emocional, Portugal
+ Especialista em Inteligência Emocional, Universidade Isabel I, España
+ Master em Psicologia Holística, España
+ Especialista em Sinergologia Aplicada à Comunicação, Espanha
+ Especialista Inteligência Emocional Neurociência, España
+ Formador Profissional certificado na área do Comportamento Humano, Portugal
+ Orador, Escritor, Consciencializador e Palestrante Motivacional
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