O apego é destruidor do amor.
Quanto mais apego existe num relacionamento amoroso, mais o amor perde o brilho até que se apague definitivamente, morrendo.
O amor não vence tudo! O amor não vence o apego. O apego vence o amor.
É possível amar quando há apego?
O apego é criado pelo medo - inseguranças, desespero, ansiedade, entre outros sentimentos realizados dentro da nossa própria mente.
O apego, quando instalado numa das partes que compõe o relacionamento amoroso, começa a corroer lentamente, envenenando todo o amor existente, tornando-se numa espécie de posse.
O apego é a linguagem da falta de liberdade, e fala da seguinte forma:
“Se te desejo tenho que te possuir, mesmo que não respeite os teus sentimentos, pois só me interessa satisfazer as minhas necessidades.”
“Se te quero ter comigo não te posso deixar em liberdade, pois tenho medo que não voltes.”
“Tenho que te ter a qualquer custo, mesmo que para isso tenha que te manipular, manipulando-me a mim mesmo para que também tu me queiras como eu te quero.”
“Tenho que te manter presa, mesmo que isso não te faça bem, pois tu podes dar-me aquilo que eu não tenho.”
Na pureza do amor os medos são inexistentes, pois a ausência de medo passa pela ausência do apego.
Um dos maiores medos dentro de um relacionamento é o medo de perder a pessoa amada. Ora, se existe um medo de perder uma pessoa amada, isso significa que existe um sentimento de posse sobre a pessoa amada, pois só tem medo de perder quem sente possuir algo.
O amor é a ausência do medo, e a ausência do medo passa pela ausência do apego.
Contacto com pessoas de diversas culturas (desde a Europa Ocidental até à América do Sul), de diferentes extractos sociais e de diferentes religiões, e raramente encontro uma pessoa que saiba o que realmente é o amor, pois o amor ensinado um pouco por todo o mundo é o amor do apego, com todo um conjunto de crenças que são a fórmula perfeita da destruição de um verdadeiro amor.
Algumas das crenças ensinadas pelo amor do apego são expressas da seguinte maneira:
“Tenho que te ter…” (mesmo que desrespeite os teus sentimentos)
“Se não te tiver não sou feliz.” (Como se a felicidade dependesse de uma pessoa)
“Preciso de ti para…” (Como se o amor fosse a cobertura de necessidades)
“Farei qualquer coisa para te ter…” (mesmo que tenha de te entregar a minha dignidade)
“Dou-te tudo o que tu precisares” (Nem que tenha de passar privações para te agradar)
“Quero satisfazer as tuas necessidades.” (Como se eu fosse responsável pelas tuas carências)
“És a pessoa mais importante da minha vida.” (Eu só tenho algum valor através da tua presença na minha vida)
“Estás em primeiro lugar na minha vida.” (E eu, automaticamente, estou em segundo lugar)
Existem ainda muitas mais crenças, que são denunciadas pela forma dos nossos pensamentos mais íntimos acerca dos relacionamentos amorosos.
Quais são as tuas crenças mais íntimas que se escondem por detrás dos teus pensamentos?
O amor começa na aceitação incondicional de nós mesmos e termina nos bons e doces sentimentos nutridos entre duas pessoas.
O amor é a linguagem do respeito, e fala da seguinte forma:
Querida, sou feliz contigo, mas também estou bem e feliz sem ti, fica tranquila.
Eu desejo-te o melhor e quero que sejas sempre livre.
Quando te tenho estou encantado, mas quando não te tenho não sou nenhum desgraçado.
Sou autos-suficiente, bem firme e não tenho necessidade de me apoiar em ti.
Sou feliz por ser eu, seja contigo ou sem ti.
E se um dia me abandonares, arrisco já dizer que não irei sofrer nem irei chorar, porque quem chora um abandono, chora aquilo que falta em si mesmo.”
Se não nos dedicássemos tanto a ter pena de nós mesmos, seriamos mais satisfeitos, mais bem-sucedidos e mais felizes.
A verdade é que nós, enquanto Seres Humanos, nascemos felizes, mas prescindimos da felicidade à medida que o tempo corre.
Nascemos com o dom de viver, mas com o passar do tempo esquecemos de usar esse tão belo dom, porque nos desgraçamos pelos ensinamentos do apego que deturparam a nossa verdadeira essência do amor.
Fomos ensinados a sentir apego ao que desejamos com intensidade e, que se por algum motivo não conseguíssemos ter aquilo que desejamos tínhamos que nos negar a ser felizes porque não o merecíamos - porque não tivemos a capacidade de conquistar ou manter o que tanto desejávamos.
De certeza que já te aconteceu perderes algo, sofreres e pensares que nunca mais serias feliz. Mas sabes que mais?
O tempo passa! E muito do que perdeste no passado, hoje não farias nenhum esforço para recuperar a perda que outrora desejaste.
Sabes porquê?
Porque em algum momento do teu percurso de vida, aprendeste a ser feliz sem aquilo que um dia te fez sentir que a tua felicidade terminou!
Começa por transformar as crenças que habitam na tua mente, adquirindo crenças que te permitam sentir o amor que em ti habita. Aí descobrirás o amor próprio.
Pedro Gomes - Especialista em relacionamentos e processos de gestão emocional
+ Life Coach (célula profissional Nº S495-2017PT), Instituto Ciências Comportamentais e de Gestão, Porto Portugal
+ Especialista em PNL com especialização em foco terapêutico e emocional, Instituto Ciências Comportamentais e de Gestão, Porto Portugal
+ Formador certificado, Instituto Emprego e Formação Profissional, Porto Portugal
+ Especialista em Inteligência Emocional, Universidad Isabel I, Burgos España
+ Master em Psicologia Holística, Escuela de Postgrado de Psicología y Psiquiatría, Madrid España
+ Especialista em Sinergologia Aplicada à Comunicação, Coaching Camp Logroño Espanha
+ Especialista Inteligência Emocional Neurociência VEC, Emotional Network, Bilbao España
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