Há quem diga que ansiedade é uma doença e a sua cura é difícil.
Ansiedade é um estado emocional que se prolongou no tempo.
E o que é um estado?
Podemos dizer que um estado é gerado por um processo que envolve milhões de ligações neurológicas constantemente dinâmicas, criadas através da nossa representação interna e da nossa fisiologia. De outra forma, podemos dizer que um estado é criado através da soma de todas as nossas experiências a cada segundo da nossa vida, a representação interna do que sucessivamente acontece no exterior de nós.
A representação interna é a forma como vemos os acontecimentos, o que dizemos e o que ouvimos na nossa mente acerca de qualquer evento á nossa volta.
A nossa fisiologia é a postura corporal que adquirimos, a nossa respiração, as nossas expressões faciais, a tensão muscular ou relaxamento do corpo.
Na fisiologia está feita a gravação do estado prolongado no tempo, em períodos de cerca de 10 anos, se assim quisermos ter uma medição temporal.
Todos estes factores influenciam o nosso estado perante qualquer situação da nossa vida.
A ansiedade é criada por nós mesmos. É criada como qualquer outro resultado na nossa vida, através de acções específicas mentais e físicas.
Para estarmos ansiosos temos de adoptar determinadas características, das quais passo a mencionar:
- Pensar e dizer certas palavras para nós mesmo, tais como - “Não me posso esquecer de...”, “Amanhã tenho de...”, “Se acontece alguma coisa de má...”, Será que vai demorar muito a...?”, “Estou preocupado que possa ter acontecido alguma coisa...”, “O tempo é pouco para tanta coisa...” – enfim, uma serie de pensamentos deste tipo;
- Acelerar constantemente o ritmo da voz;
- Respirar sempre de forma acelerada;
- Ter o corpo muito tenso e rígido, em especial os ombros contraídos para cima;
- Ter expressões faciais tensas, em especial os olhos muito abertos e, consequentemente a testa exageradamente enrugada.
Como geramos ansiedade?
Ansiedade é uma excessiva criação de pensamentos de algo que ainda não aconteceu, de algo que não sabemos se vai acontecer, quando e que forma poderá acontecer.
A ansiedade é gerada por nós mesmos, pois pensamos demasiado no futuro, o que se revela inútil, pois o futuro é impalpável e intocável.
E como o futuro é algo impalpável e intocável, sentimos um descontrolo interno subtil dentro de nós.
Esse descontrolo pode caracterizar-se por emoções angústia, em que podemos sentir um “aperto no coração ou na barriga” ou até um “sufoco na garganta”.
É nesse momento que geramos a ansiedade, de forma tão imperceptível que a maioria das pessoas só se apercebem quando já enraizaram este estado através da repetição. Ou seja, torna-se um estado tão frequente que se repete automaticamente.
A ansiedade tem o seu lado bom, se considerarmos que é uma reacção natural, que é útil para nos adaptarmos e reagirmos perante situações de perigo. Por isso, de forma saudável é algo funcional em nós, estando sempre presente no nosso organismo.
A ansiedade é uma componente importante da nossa biologia, pois permite-nos colocar em alerta perante um eventual perigo imediato.
Como podes gerir este estado de forma favorável a ti mesma/o?
Existem diversas formas de o fazer, entre as quais destacarei algumas bastante importantes, e que poderás escolher quais as que melhor se adaptam a ti. São elas as seguintes:
- Alteração consciente da fisiologia do nosso corpo – A nossa fisiologia está directamente e constantemente em comunicação com o nosso sistema nervoso, que afecta directamente o nosso estado emocional (Conforme mencionado logo no início do artigo);
- Praticar actividade física – É simples! Trinta minutos de caminhada, corrida, ginásio ou outra qualquer actividade física, fortalece o nosso sistema imunitário, aumenta o nosso bem-estar, a nossa produtividade diária e foco nas tarefas. Também regula o sono e contribui para uma boa saúde mental.
- Procurar ajuda de um profissional experiente e devidamente especializado – É factor muito importante quando temos avanços e recuos constantes. Um profissional experiente e devidamente especializado em emoções e comunicação interna, contribui com uma boa orientação e consciencialização para encontrares boas soluções para ti mesma/o.
- Praticar meditação – Neurocientistas já provaram que a prática da meditação contribui para aumentar a actividade da região do nosso cérebro responsável pela felicidade, o córtex pré-frontal esquerdo. Cinco minutos diários focados unicamente na respiração é bastante eficaz quando praticado diariamente.
- Praticar Yoga – Existem estudos a decorrer na Universidade de Illinois, em que pesquisam o impacto da prática regular de Yoga nas emoções, com incidência na estrutura da Amígdala, que contribui para a boa regulação emocional.
- Ouvir música – Ouvir música para ajudar a relaxar, para dançar, para celebrar a vida no início da manhã, para induzir a estados emocionais positivos. É simples e em nada afecta a programação dos teus dias.
- Alimentação saudável – Uma alimentação baseada em frutas, legumes e vegetais contém as vitaminas necessárias para a formação de neurotransmissores responsáveis pelo nosso humor. Uma boa alimentação fornece a energia necessária para a manutenção de células cerebrais saudáveis.
Já reparaste que são passos tão simples, dos quais o investimento de tempo é quase nulo?
Qual o teu estado emocional constante?
Em função da tua resposta, o que vais começar a fazer hoje mesmo para adquirires o estado emocional constante que pretendes para ti mesma/o?
Lembra-te sempre que ansiedade não é uma doença!
Ansiedade é um estado emocional, e qualquer estado emocional é possível de alterar com o encontro da tua combinação certa favorável ao que pretendes para ti mesma/o!
Não tens que conseguir sozinha/o sair do sofrimento em que te encontras, pois existem pessoas altamente especializadas que te podem ajudar num processo menos doloroso e mais rápido!
Procura um profissional devidamente qualificado!
Eu estou aqui para te ajudar, e juntos podemos transformar o teu estado emocional, caso consideres que este te desfavorece.
Estou especializado na Inteligência Emocional com base na Neurociência, na Programação NeuroLinguística e no Coaching Humanístico.
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